Vivemos na chamada era tecnológica, onde tudo tem
tecnologia no meio. Os aparelhos deixaram de ser simplesmente aparelhos comuns,
agora são smart, palavra que denota inteligência, ou seja, um smartphone é um
celular inteligente. Porém com toda essa inteligência, esses aparelhos estão se
achando e querendo ser protagonistas. Querem estar cada vez mais presente em
nossas vidas.
Contudo, toda essa tecnologia está realmente sendo
inteligente e aprisionando seus usuários. Envoltos por uma gama de entretenimentos,
a vida offiline está se tornando cada vez mais escassa. Fica complicado lutar
contra os encantos das novas tecnologias. Cada vez fica mais bonito e vistoso
aos olhos.
Fica quase impossível não checar o Facebook, Twitter,
Whatsapp, SMS’s e afins a cada minuto. Chega a ser enlouquecedor ficar longe do
smartphone e do computador e não ficar conectado. Parece que o mundo está
girando mais rápido, os fatos acontecendo com mais freqüência enquanto se está
distante dos dispositivos.
Essa dependência está transformando os seres humanos. E
não pense que é uma mudança boa, muito pelo contrário. Essa transformação é
extremamente prejudicial para quem dela faz parte. A pessoa conectada mais
perde do que ganha. E digo que ela perde muito, muito mesmo.
Os relacionamentos face a face estão frios, quase nulos.
A conversa on line é muito melhor, mais dinâmica e atrativa. Os jogos do celular
são mais legais que um bom papo entre amigos. E assim caminha a humanidade,
para um total fracasso.
É um absurdo pessoas abdicarem de momentos fantásticos
simplesmente por estarem em seu mundinho particular no seu dispositivo móvel.
Deixar a vida simplesmente passar enquanto ela fica parada em uma tela
qualquer.
Observe e veja o quanto de pessoas utilizam seus super
celulares em reuniões de amigos, em barzinhos, baladas, missas, cultos
religiosos, lanchonetes, consultórios entre tantos outros. Elas abdicam da
companhia real e ficam imersas na fantasia.
O universo paralelo é traiçoeiro, maligno e artificial.
Sim, universo paralelo. Mesmo sendo feito por pessoas de verdade, presente num
mesmo espaço, o que acontece lá dentro é irreal, banal e nulo. Sendo também
sombrio e frio.
Deixo claro que isso vale para os relacionamentos via
internet, os relacionamentos que estão substituindo o real. A internet e suas
faces são úteis até que não domine quem a usa.
Confesso que vivo no meio termo. Porém, consigo, ainda,
permanecer liberto dessa grande teia.
Usado de forma sensata, é bom, mas o exagero corrói e
destrói.
Não é terrorismo, é realidade!
Não troque qualquer experiência real pelo seu celular! Nenhuma
mesmo! Seja presente onde você está. Pode ser que não faça diferença para você
que está imerso no seu universo particular, mas pessoas ao seu redor sentem e
não gostam.
Deixe para mergulhar nessa “aventura” quando for necessário
ou quando realmente não se tenha mais nada de interessante para fazer, porem
não priorize esse “mais nada de interessante”.
O mundo não vai girar mais rápido, os fatos não vão
acontecer com mais freqüência, você não vai ficar menos informado se deixar seu
brinquedinho de lado.
A tecnologia ficou inteligente e o ser humano ficou
burro.
Wender Batista Pereira
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