Sinto saudades daquelas velhas tardes de outono, onde tudo
se transformava com o pôr-do-sol. As folhas caindo no chão, morrendo ou
simplesmente se transformando...
Sinto falta daquelas primaveras que não chegaram. Primaveras
que ficaram presas num outono constante.
Folhas que se despenderam e se foram, folhas que nunca mais
voltaram...
Vez ou outra aquela velha árvore tenta ser aquilo que há
tempos deixou de ser. Solta uma ou outra flor, algumas com cor e outras tão
cinzas quanto aquela manhã chuvosa. Flores que em nada se comparam com aquelas
lindas e deslumbrantes que apareciam no decorrer do tempo. Lembro que dias chuvosos
eram raros, o sol prevalecia sempre. Aquela árvore sempre estava ali para
quando eu precisa-se, seja para me abrigar embaixo da sua sombra ou para me
deliciar vendo aquelas flores radiantes. Flores que, mesmo com o passar do
tempo, continuam belas quando aparecem... São raras sim, mas com sua beleza
impar, como sempre.
Com o passar dos anos, essa primavera se tornou menos freqüente,
mas não invisível e isso que dá a sua beleza. O que me faz feliz é saber que
essa árvore continua dando flores e frutos em outro lugar. Pra mim a primavera
pode ser um ou outro dia, mas sei que aquela árvore, onde ela estiver faz uma
primavera constante com suas mais belas flores!
Grandes amizades nunca morrem...
Por Wender Batista Pereira
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